sábado, 9 de janeiro de 2010

"Ecletismo"


Eu sempre odiei essa palavra e seu significado, desde a minha adolescência eu pensava que ser eclética era não ter personalidade, afinal, não se pode gostar de tudo... Pode???
Outro dia eu percebi na library do meu itunes que ela vai de Astor Piazzolla a Stevie B, passando por slayer, wu- tang clan, camera obscura, velvet underground, kraftwerk e muito mais coisas conflitantes, enfim, cheguei a conclusão que com essa biblioteca esquizofrênica a dona só podia sofrer de algum distúrbio psicológico. Fui então procurar um psiquiatra, expliquei pra ele a situação e assim como eu, ele ficou chocado com o fato, não parava de repetir "Como alguém ouve o melhor do tango e em seguida ouve heavy metal, como é possível, ouvir música indie e ouvir funk??? Isso não faz sentido!" Até então o Dr. Psiquiatra não havia chegado a nenhuma conclusão diferente da minha, foi quando ele balbuciou - "Borderline"- eu logo comecei a cantar a música da madonna, ele disse não, não a música, o transtorno psicológico. Transtorno Borderline, eu perguntei do que se tratava, nem queiram saber, porém eu sei do que se trata pois ele me submeteu a um teste, literalmente um teste, eu tive que responder 10 questões, se acertasse 5 meu destino estava marcado para sempre... Ele me disse o resultado, eu acertei 7 e felizmente (ou nada felizmente porque eu fui diagnosticada com uma patologia) as que eu não acertei são as seguintes:
-Auto mutilação
-Tendências suicidas
-Comportamento psicótico
Ele me deu várias orientações, indicou terapia, e me explicou como lidar com os sintomas, de todos os sintomas o que mais me intrigou foi compulsão cleptomaníaca, dae eu lembrei que eu de vez em quando como chocolates e pego chicletes e saio sem pagar, mas achava bobagem, dae eu contei pra ele e ouvi o seguinte conselho: "Se caso aconteça uma grande compulsão cleptomaníaca e você for pega, saia correndo e grite FREE WINONA!!!!! e isso irá te salvar de complicações legais". Aceitei as orientações e fui pra casa pensando... Free Winona????
Não sei quem tem mais problemas, o Dr. Psiquiatra, euzinha ou a Winona.
Em todo o caso, fica a dica ;)

2 comentários:

  1. rs,
    Resolvi conhecer seu blog hoje,comecei um, mas abandonei... Adorei esse primeiro post que li... Fal0-teo, não tem uma pessoa sã nesse mundo... De médico e louco, todos temos um pouco(que bom!)... Acho que vou adotar esse conselho também "Free Winona"...
    Amei!
    Thay.

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  2. Ahhhhhhh, que bom que vc gostou, ebaaaa!!! mas é claro que todo mundo é louco, eu tenho uma teoria até, a sanidade é definida com tanta perfeição, que é impossível ser são!!!

    O lance do Free Winona, eu acho muito engraçado, eu penso na questão do Marcel Duchamp e a privada: "o que é um objeto fora do seu contexto"... A Winona fez a campanha da marca do estilista Marc Jacobs fotografada num hotel cheia de sacolas de roupas, muito feliz, afinal o que se pode entender disso??? Vire celebridade, cometa algo ilegal, vire polêmica e ganhe presentes ;P... Beijão!!!

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